
O professor constitucionalista André Ramos Tavares foi o primeiro a falar, corroborando a maioridade penal aos 18 anos como cláusula pétrea da Constituição, não podendo ser modificada. Tavares afirmou que se deve analisar quais são os limites da Constituição sobre a reforma dos seus próprios dispositivos. Ele concorda com a leitura clássica sobre esse tema, de que o artigo 228 da Constituição, que trata da maioridade penal, é um direito fundamental. “A PEC 171 precisa ser analisada à luz da Constituição e não apenas do artigo 228. Se esta PEC passar haverá prejuízo para todos os direitos fundamentais garantidos em nossa Constituição, abrindo brechas para outras violações”, explicou.
Já para o segundo convidado, o professor constitucionalista Fabrício Juliano Mendes Ribeiro, a PEC 171 é admissível porque não subverte o núcleo essencial do princípio da dignidade da pessoa humana. Segundo ele, a proposta seria inconstitucional numa visão clássica, no entanto, defende a admissibilidade por considerar que o núcleo essencial do princípio da dignidade humana seria atingido apenas se alguma PEC visasse à erradicação pura e simples da maioridade penal.

Após vários tumultos causados pelos próprios debutados e, também, por manifestantes o presidente da CCJC encerrou a audiência. Como o prazo do pedido de vista da PEC já terminou, a expectativa é de que a proposta já seja votada. Segundo o deputado Marcos Rogério (PDT-RO), há um acordo na CCJ para não adiar a votação de matérias que estão em pauta, e a PEC está pautada para esta quinta-feira (25).
Com informações da Câmara dos Deputados
Foto: Agência Brasil



