
Pensar a vida religiosa, como motiva o Ano da Vida Consagrada, e pensá-la a partir das periferias, transforma a vida dos que se colocam nessa tarefa: enxergam o mundo pelos olhos daqueles que cotidianamente vivem na expectativa de vida e esperança. Questionamentos sobre a subjetividade e os locais que a Vida Consagrada precisa ocupar foram provocadores para todos os participantes. Ações, posturas evangélicas, transparência, são elementos que o mundo clama, hoje, da Vida Consagrada, na opinião do coordenador da área de Vida Consagrada e Laicato da UMBRASIL, Ir. Natalino de Souza, 37 anos.
“O novo começo, ao qual o Instituto Marista nos chama, não é uma reforma ou nova pintura: é refundação. Quando falamos de refundação, temos que estar conscientes de que mover fundamentos não é uma tarefa fácil. Reformar, pintar, decorar, mover pessoas de lugares, são coisas que aparentemente provocam mudanças mas não vão à raiz fundacional. Refundar é voltar aos nossos fundamentos. Nós, religiosos, e os maristas, de maneira específica, temos que lembrar que nosso fundamento é a Pessoa de Jesus e é em torno dele e da Missão dele que este novo começo vai acontecer. Jovens, crianças e adolescentes continuam a buscar referências no mundo e se formos para eles referências evangélicas, que têm a missão pautada nesta opção de Jesus, estou seguro de que isso fará florescer novos começos para a Missão Marista”, afirmou Ir. Natalino.

Talvez a Vida Consagrada não seja composta no futuro por uma grande massa de religiosos, mas, com certeza, será chamada a ser fermento, sal e luz para a humanidade. Nas palavras de Ir. Carlos Wielganczuk, não é importante o número, mas sim a qualidade. Qualidade pautada pela pertença a Deus e aos irmãos e o pelo serviço gratuito para a humanidade.
Entre os Leigos e Leigas presentes, a esperança também brilhava. “Estar junto aos irmãos é perceber, primeiramente, a transparência do ser humano. Quando vemos uma vocação transparente, verdadeira, nos fortalecemos em nossa vocação de leigos. Outra coisa que me marca muito é a horizontalidade que existe nas relações, mesmo tendo um Irmão que é gestor, a horizontalidade nos possibilita trabalhar com igualdade. Mesmo sabendo dos espaços que cada um ocupa: colaborador e gestor, Leigo e Irmão. Existe igualdade e isso nos fortalece na Missão e no chamado que somos convocados todos os dias. Quando somamos nossas forças criamos esperança”, afirmou a Leiga Raquel Pulita, de 38 anos.



