James C. Hunter – autor do best-seller O Monge e o Executivo – está no Brasil para uma série de palestras sobre Liderança. Na última terça-feira, 22 de setembro, ele falou para um auditório lotado de estudantes e educadores de escolas públicas e privadas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O consultor-chefe da empresa J.D. Hunter Associates começou sua fala afirmando que liderança consiste em influenciar pessoas; é a marca que você deixa em quem está ao seu redor.
O principal pressuposto defendido por Hunter é o de que liderar é, antes de tudo, servir. Um verdadeiro líder é generoso, paciente e faz a coisa certa pelas pessoas com quem convive, tratando-as com respeito e mostrando que todos são líderes dentro de uma organização, apenas possuem responsabilidades e remunerações diferentes, reconhecido o papel de cada uma.
O autor também diferencia poder de autoridade. Para Hunter, o poder consiste em obrigar uma pessoa a agir de acordo com sua vontade, mas este poder reside na organização e não na pessoa que o manifesta. Diferentemente da autoridade, que reside na pessoa e é resultado da influência. Citou como exemplos Gandhi e Madre Teresa de Calcutá: pessoas com grande projeção mundial, mas que não tinham poder e sim autoridade.
Numa breve referência ao simbolismo do ato de lavar os pés dos discípulos, Hunter destacou Jesus Cristo como o maior líder de todos os tempos. Um homem que antes de tudo se colocou a serviço. Não pretendia o poder, mas era detentor de uma indiscutível autoridade.
“Se eu – atuando como chefe ou professor – demitir você ou expulsá-lo da sala de aula porque você não cumpriu o que era esperado, então eu falhei enquanto líder. Grandes líderes fazem grandes escolhas diariamente. Estão comprometidos a darem o melhor de si e também a fazerem com o que os outros deem o melhor de si”.
Para ele, liderança é uma questão de caráter. “É o caráter em ação, sendo moldado todos os dias a partir de cada decisão que uma pessoa toma. É praticar a humildade e a bondade até que se torne um hábito. É tratar as pessoas da forma que você gostaria de ser tratado”.
Foi aberto espaço para algumas perguntas e a exposição encerrou-se sob muitos aplausos. Da União Marista do Brasil participaram as analistas Juliana Nogueira (Representação Institucional), Michelly Souza (Missão) e Sônia Vidal (Vida Consagrada e Laicato).




