Paralelo ao XXI Congresso Pan-Americano da Criança e do Adolescente, ocorre, também, o II Fórum Pan-Americano com a presença de crianças e adolescentes de todo o continente. Exploração sexual, situações de conflito com a lei e o 25º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança são os eixos temáticos sobre os quais os jovens colocam as próprias perspectivas e experiências.
Dentre as várias delegações, cinco adolescentes representam o Chile, inclusive com a participante mais jovem de todos: Constanza Rojas, de 11 anos e que reside na capital Santiago. A mais nova dos participantes estuda no sexto ano e é a primeira vez que saiu do país e que participa de um evento desse porte. Ao considerar a perspectiva da participação, Constanza afirmou ser uma alegria fazer parte de um encontro como este e conhecer outros jovens de realidades distintas do continente. Apesar da timidez, Constanza afirma que achou os outros jovens muito simpáticos e receptivos e se sente impelida a fazer frente às violações de direito com as quais convive.

“Todos as crianças e adolescentes devem se juntar para lutarmos por nossos direitos. Onde vivo vejo muitas situações de violência, principalmente na escola”, contou Constanza. Questionada sobre a percepção da proteção dos direitos em outros países, afirmou que, a partir dos diálogos do II Fórum, acredita que no Chile as crianças estão mais desprotegidas quando comparado a outros países da Região. “Acho que ser criança em outro país é melhor que ser uma criança no Chile. Falo para todas as crianças lutarem para defender os direitos que temos e quando acontecer alguma violência ligar para a polícia e pedir ajuda”, afirmou.
Constanza estava acompanhada por uma colaboradora da Visão Mundial, Valeska Carrillo, que explicou o cenário do Chile, no qual 73% das crianças são vítimas de violência e que 47% das denúncias recebidas pelo Ministério da Educação do Chile são relacionadas a situações de violência física ou psicológica.


