Espiritualidade, atuação em rede e juventude marcam o primeiro dia da 11ª AGO da UMBRASIL

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Presidente do Conselho Superior, diretores e secretário executivo da UMBRASIL

Há quase 10 anos, a primeira assembleia fundava a UMBRASIL, pensando a associação com a finalidade de articular, potencializar e representar as mantenedoras do Brasil Marista. Ao chegar no décimo ano, a UMBRASIL, nas palavras do presidente do Conselho Superior, Ir. Inacio Etges, “terá um papel ainda mais estratégico, considerando o horizonte de 2021”.

Na abertura da 11ª Assembleia Geral Ordinária, após acolher todos os Irmãos, deu-se o prosseguimento ao momento do Itinerário Formativo com convidados que trouxeram novos olhares para a atuação Marista no Brasil. Espiritualidade, atuação em rede e cenários das juventudes construíram o painel temático da manhã. Mediados por Ricardo Mariz, coordenador da área de Missão, Frei Vicente (ofm), Profa. Dra. Maria Cândida Borges de Moraes e Ângela Guimarães provocaram e sensibilizaram os participantes.

O primeiro painel foi conduzido pelo Frei Vicente, que, já nas primeiras palavras, afirmou “ou a gestão tem uma perspectiva espiritual ou não é gestão”. Explicou, ainda, a espiritualidade como algo anterior à religião, pois “nos movimentamos como se a espiritualidade fosse algo transcendente ao humano: algo divino. Espiritualidade faz parte da natureza humana, é o contatar-se consigo, com a energia que alimenta a cada um de nós”. Frei Vicente apelou para a necessidade de nos equilibrarmos como seres portadores de corpo, mente e espírito. “Hoje, em nossa sociedade, tudo é racionalizado. O controle racional é para não nos aproximarmos da psychē. Nossas escolas são responsáveis pela primeira experiência fundante do ser humano, que é o abandono. Não enxergamos que, como educadores, não conseguimos ensinar para se atingir e equilibrar o campo energético. Ensinamos para a racionalização, que afasta das lembranças e não resolve o equilíbrio necessário para o ser”, explicou.

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A partir da esquerda, Ângela, Maria Cândida e Frei Vicente

Na sequência, a Professora Dra. Maria Cândida trouxe o tema das redes no segundo painel. Assim como Frei Vicente, falou sobre a racionalização, inclusive das emoções, afirmando que este racionalismo “excluiu o sujeito” em relação aos outros e que vivemos em “gaiolas epistemológicas”. Considera o diálogo essencial para a atuação em rede. “Eu me percebo na relação com o outro: o mundo plural e o reconhecimento da diversidade são as marcas do pós-moderno”, explicou. Com relação à escola e às redes, a professora afirmou que é “preciso sair da teoria e partir para a prática. A escola se organiza em um modelo clássico. Não podemos trazer a lógica paradigmática apenas para dentro da sala de aula. Devemos vivenciar isso nos outros ambientes da escola: do espaço físico até a gestão”.

O último painel da manhã foi conduzido por Ângela Guimarães que trouxe o tema da juventude relacionado aos cenários social, político, educacional e, também, como centro do desenvolvimento do país. Como representante do poder Executivo Federal e presidente do Conjuve (Conselho Nacional de Juventude), Ângela abordou os avanços conquistados nos 10 anos de implantação da Política Nacional de Juventude. Destacou, também, os desafios que envolvem os jovens como a violência e a inserção no mundo do trabalho. “Olhamos para o jovem como alguém em desenvolvimento e não como alguém autônomo. Há poucos jovens na política e nos espaços de representação. Existe hoje a negação dos signos juvenis, pela escola e pela sociedade. Isso causa a não aceitação da juventude na integralidade”, finalizou.

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