Maria Figueiredo-Cowen falou a respeito do PISA, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, que avalia sistemas educacionais de mais de 65 países. Ela fez um breve relato histórico e contextualizou o surgimento do PISA e a sua importância para a melhoria de políticas e resultados educacionais. Apresentou o resultado do último PISA e elencou algumas características que influenciam nos resultados de desempenho educacional.
Jason Beech falou a respeito do Impacto das Organizações e Organismos Internacionais nas Políticas de Educação: uma abordagem crítica. Iniciou sua apresentação questionando como e onde se define o que é uma boa educação. Falou da importância e dos papéis de cada instância: Redes Globais, Estado e Instituições Educacionais. Afirmou que os discursos educativos globais combinam estabilidade, maleabilidade e adaptabilidade, com respeito à diversidade. Em relação ao nível da prática, enfatizou que os professores devem dar significado específico aos discursos globais, interpretando-os para dar sentido, coerência e sustentabilidade a suas práticas. Abordou ainda sobre as mudanças rápidas do mundo que são impulsionadas pelo avanço tecnológico e sobre a necessidade de adaptação da educação a esse futuro. Há críticas em relação ao futuro, no que diz respeito às mudanças educativas serem movidas pelas mudanças tecnológicas.
Fernando Haddad, ex-ministro da Educação, falou a respeito do trabalho realizado pelo Brasil em relação à educação. Haddad afirmou que o cidadão deve ser protagonista no processo do conhecimento e que isso é um processo social que depende de todos. Enfatiza que deve haver uma ruptura da concepção segmentada do ciclo de educação que subdivide a educação em Educação Básica e Ensino Superior, garantindo a obrigatoriedade apenas na primeira parte do ciclo. Em relação ao processo educativo, Haddad salienta a importância da mãe e da professora nesse processo, além da valorização da Educação Infantil. A ideia fragmentada do ciclo educacional não vai gerar o efeito desejado pelos gestores de Políticas Públicas. Resgatou que o Brasil hoje investe 5% do PIB em educação e que hoje há uma preocupação com o ciclo completo de educação, desde a Educação Infantil até a Pós-Graduação. Afirmou ainda que os parâmetros de algumas avaliações medem algumas competências mínimas, mas não avaliam a formação integral dos educandos e a sua formação para cidadania. Haddad concluiu afirmando que o Estado deve garantir formação gratuita, de qualidade que garanta educação continuada aos professores que desejarem. Haddad acredita que, no século XXI, diferente do século passado, o compromisso com a educação é um compromisso que veio para ficar.
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