No dia 13 de abril, a UMBRASIL promoveu mais um ‘’Diálogos Prospectivos’’, projeto que nessa edição pretendeu debater os cenários atuais da educação nacional acerca das principais concepções traçadas pela Base Nacional Comum Curricular. A professora Zilma Ramos de Oliveira, representando o MEC, o presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, Erasto Fortes, e o mediador Marcos Villela Pereira foram convidados para abordar o tema juntamente com os integrantes da área de Representação Institucional e da Comissão de Educação Básica da UMBRASIL.
Para abrir o evento, Marcos Villela relembrou os temas das edições anteriores como o Plano Nacional de Educação, as novas configurações das famílias brasileiras, os desafios e as expectativas da formação no Ensino Médio e convidou para recolocar em discussão a Base Nacional Comum Curricular dos Ensinos Infantil, Fundamental e Médio.
Com foco na Educação Infantil, a professora Zilma Ramos discorreu sobre a importância da garantia dos direitos de aprendizagem das crianças de 0 a 5 anos, em que os principais são: conviver, brincar, explorar, participar, expressar e conhecer-se. Complementou ainda que esses direitos devem estar presentes em todas as áreas (Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Matemática).
‘’A construção da BNCC é uma exigência que pretende dar ao país um norte que faça com que a aprendizagem seja um direito de todos e todas’’, afirmou Erasto Fortes, que abordou temas transversais nesse contexto, como a vocação das escolas confessionais, a necessidade da aprendizagem em sustentabilidade e o reconhecimento e respeito ao outro, sem descriminação. Além disso, Erasto Fortes apontou receios e desafios em relação a autonomia dos Sistemas de Ensino, e Zilma Ramos completou ‘’a base não é um currículo, ela é uma diretriz para o trabalho prático, para que não ocorra defasagem na compreensão das crianças. É uma filosofia de educação, um projeto pedagógico coletivo’’.
Após as palestras, Marcos Villela conduziu o debate afirmando que ‘’a BNCC é um documento contraditório: pelo caráter universal, por ser uma referência nacional, e ao mesmo tempo particular, por orientar sistema de ensinos diferentes’’. No encerramento, a discussão abordou questões como a busca da cidadania, dos direitos humanos, do valor da fraternidade, a tolerância em todos os níveis e a importância de tornar a área educacional mais reflexiva para alcançar a democratização. ‘’Dialogar com o CNE e com o MEC é de extrema relevância para a missão Marista. Temas como a BNCC, trazidos para o diálogo, contribuem para as políticas e ações desenvolvidas no Brasil Marista, considerando que a BNCC implicará diretamente nas definições futuras assumidas pelo segmento da educação no país’’, declarou a coordenadora da área de Representação Institucional da UMBRASIL, Leila Paiva.
O vídeo estará disponível no canal da UMBRASIL no YouTube, onde também estão registradas as outras edições dos ‘’Diálogos Prospectivos’’.
